PRINCIPAIS REVISÕES
POR TIPO DE
APOSENTADORIA NO INSS
Segurado que julga receber um benefício com erro deve
pedir correção ao instituto antes de ir à Justiça.
Sem reajuste acima da inflação e sem a possibilidade
de um novo benefício com o fim da desaposentação, resta pouco ao aposentado que
deseja um aumento no valor do benefício do INSS. A última esperança mora,
então, no pedido de revisão, por meio do qual é possível aumentara renda
mensal.
Essa elevação ocorre quando o aposentado inclui mais
tempo de contribuição, o que pode levar o cálculo da aposentadoria a uma regra
mais vantajosa, ou porque novos salários entram na conta, aumentando a média
salarial ou excluindo os rendimentos que são menores. Antes de correr ao INSS
ou mesmo à Justiça, é importante que o segurado saiba exatamente o que está
buscando corrigir.
O trabalhador que recebe uma aposentadoria por idade,
por exemplo, não consegue aumentar a média salarial com a inclusão de salários
anteriores a julho de 1994, mas esse período de atividade pode ser considerado
na carência (tempo mínimo de contribuição efetivamente recolhida) e na
definição do coeficiente de cálculo, pois cada grupo de 12 meses de
contribuição somam 1% da média salarial ao benefício.
O tempo especial, que aumenta em 40% o período de
contribuição dos que comprovam atividade de risco à saúde, melhora o período de
trabalho e reduz o fator previdenciário ao ser incluído na aposentadoria. Se
tiver 25% de atividade insalubre, o benefício do segurado sai sem descontos.
Quem é aposentado por invalidez também pode conseguir
um pagamento adicional, que eleva o benefício em 25%. Não se trata de uma
revisão, mas de um complemento mensal. Para consegui-lo, o aposentado precisa
agendar uma perícia e comprovar com laudos, que necessita da assistência
permanente de outra pessoa para sobreviver. O INSS só reconhece direito a quem
é aposentado por invalidez. Uma decisão favorável ao pagamento no caso de quem
recebe outras aposentadorias foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal, Luiz Fux.
Benefícios previdenciários (quem aumenta o pagamento)
Quem recebe uma aposentadoria menor do que esperava
pode ter sido vítima de erro do INSS. Para aumentar a renda mensal, é preciso
apresentar um pedido de revisão. Se essa correção for negada, o segurado pode
ir à Justiça.
·
O que é a
revisão
O procedimento que refaz os cálculos da aposentadoria,
da pensão ou do auxílio é uma revisão. Quando é necessário refazer a contagem
do tempo de contribuição ou incluir novos salários no cálculo, o processo
também é chamado de revisão.
·
Exemplos de
inclusões
Salários que ficaram fora do cálculo do benefício.
Períodos de trabalho reconhecidos com ação na Justiça do Trabalho. Salários
corrigidos a partir de ação trabalhista. Tempo especial reconhecido na Justiça
Federal.
Confira as correções por tempo de benefício
- Aposentadoria por tempo de contribuição
Atualmente, é paga para quem tem: 30 anos de
contribuição, no caso das mulheres e 35 anos de contribuição, no caso dos
homens. Não há idade mínima. As regras mudarão com a reforma da Previdência.
·
O que pode
aumentar o valor
a)
Revisão
dos salários
Isso deve ser feito se os valores usados no cálculo
estavam errados. Também ocorrem quando remunerações que deveriam entrar na
conta não entraram. Esse é o tipo mais comum e mais importante de revisão que pode
elevar o benefício. O segurado vai pedir a atualização das contribuições.
b)
Período de
contribuição com falha
Esse tipo de erro ocorre quando o patrão demorou para
dar baixa na carteira de trabalho ou lançou alguma data errada. O INSS costuma
bloquear essa ocorrência porque desconfia de fraude. Para liberar o período, é
necessário apresentar outros documentos, como contrato de trabalho, termo de
rescisão ou extrato do FGTS.
c)
Período de
trabalho informal reconhecido com ação judicial
Quem consegue o registro em carteira, mesmo depois de
aposentado, tem direito de incluir esse período de trabalho no benefício.
Assim, o segurado eleva o tempo de contribuição, o que pode aumentar a renda
mensal. Para isso, é preciso levar na agência da Previdência, cópia do processo
assinado por funcionário do cartório.
Atenção: o registro em carteira é um direito que não
prescreve, ou seja, o trabalhador pode exigi-lo mesmo depois de muitos anos.
d)
Salário
ajustado em ação trabalhista
Se a ação trabalhista teve efeitos financeiros, também
é necessário corrigir os valores usados na aposentadoria.
- Aposentadoria especial
É concedida aos segurados que trabalharam por 15, 20
ou 25 anos em atividade prejudicial à saúde. A vantagem desse benefício é que
ele não tem desconto do fator previdenciário.
·
O que pode
aumentar o valor
Se algum período trabalhado não foi considerado, a
média salarial pode ter sido reduzida, o que também diminui a aposentadoria.
Salários que ficaram fora do cálculo e diminuíram a média salarial podem ser
incluídos.
- Aposentadoria por invalidez
O benefício é concedido se a perícia médica do INSS
considerar que o segurado está permanentemente incapacitado.
·
O que pode
aumentar o valor
a)
Cálculo do
benefício original
É muito comum a aposentadoria por invalidez ser
concedida após um período de auxílio-doença. Na transformação de um benefício
em outro, o segurado deve receber a média salarial da época do auxílio. Se isso
não ocorreu, é preciso pedir uma revisão.
·
Como identificar
o erro
Só é possível saber ao analisar o histórico de
contribuições ao INSS. Ele pode ser consultado no site meu.inss.gov.br É preciso compará-lo à carta de concessão para
saber como foi o cálculo da aposentadoria.
- Aposentadoria por idade
O benefício é concedido aos segurados com: 60 anos de
idade, para as mulheres e 65 anos de idade, para os homens. É preciso ter 15
anos de contribuição.
·
O que pode
aumentar o valor
a)
Período de
trabalho informal reconhecido com ação judicial
Se o trabalho for muito antigo, o INSS não vai
considerar os valores dos salários. A inclusão do período pode melhorar o tempo
de contribuição e isso faz diferença no cálculo. A aposentadoria por idade
considera 70% da média salarial mais 1% para cada ano de contribuição. Com mais
tempo de contribuição, o valor melhora.
b)
Não
inclusão do período de afastamento por benefício por incapacidade
O segurado que voltou ao trabalho após o afastamento
tem o direito de incluir os valores que recebeu de auxílio-doença. Para isso, é
preciso que, após o afastamento, ele comprove que pagou a Previdência Social,
seja por carteira assinada ou por carnê.
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